] sexta-feira, agosto 31, 2012
 
hey kiddo, say HELLO to Mountain View!

HELLO TO MOUNTAIN VIEW!

[ Penkala ] 21:10 ] 0 comentários

 
] segunda-feira, agosto 27, 2012
 

the night we met I knew I needed you so
and if I ever had the chance I'd never let you go

às vezes eu penso nessa música... e só consigo cantar até aí

[ Penkala ] 01:41 ] 0 comentários

 
] sábado, agosto 18, 2012
 
poeira de ouro

quando rondei essa nave, e as janelas estavam vedadas por uma camada espessa de poeira, não sabia que era meu universo paralelo, mistura de passado e presente dentro de um só espaço. e criei coragem de levar a mão até o vidro e com um movimento em meia lua da direita pra esquerda retirar aquilo que me impedia de enxergar dentro daquele mundo. e lá dentro, iluminada pelo sol que entrava por alguma fenda no tempo, eu via a vida. que um dia seria, que acabou de vir a ser. um flash do meu universo paralelo desempenhava na minha frente uma peça de teatro com nexo apenas pra dois. não senti dor mais destruidora em toda a minha vida, a não ser uma única vez antes. limpei mais o vidro, como se ainda existisse alguma camada de poeira que, retirada, me colocasse dentro daquele salão. e nesse salão, eu me enxerguei através de outros olhos. olhos que nunca pensei que me observassem com tanta precisão, interesse. com tanto cuidado. uma precisão científica de observar os movimentos que desejo esconder. os movimentos que revelam aquilo que eu sinto. nunca soube antes que meus olhos brilhavam tanto. e talvez eles realmente nunca tivessem brilhado. é engraçado enxergar-se a si mesmo de pé, de preto, viva, pelos olhos de outra pessoa. ainda assim, projetada no tempo como um holograma. nunca me vi do lado de fora de mim mesma. não pelos olhos de uma criança insuportavelmente viva dentro de alguém, como se tivesse acabado de explodir uma bexiga cheia d´água nas costas de um desavisado. nessa vitrine do meu universo paralelo, aponta a insuportavelmente viva criança, eu estou sorrindo e arregalando os olhos. eu abro bem a alma que existe dentro deles com a surpresa que me toma de assalto. só me enxerguei fora de mim mesma assim uma vez pelos olhos de outra pessoa. engraçado. esses olhos olharam pros meus com essa mesma expressão de surpresa diante das coisas, essa mesma expressão de total exposição do que eu tenho dentro de mim. de estupefação. mas pros seus olhos embaçados, eu era o demônio. era a primeira vez que eu sentia essa dor destruidora. baixei a cabeça, olhei pras camadas de pó na mão. quando senti pela primeira vez essa dor, foi realmente o início da minha destruição. eu não era o demônio. meus olhos são apenas espelhados, e refletem o mundo que se desdobra em minha frente. hoje, sentindo essa dor de novo, vejo que ela me reconstrói. e os olhos vivos que brilham quando abro bem minhas pálpebras diante da surpresa do mundo, refletem agora esse insuportavelmente vivo menino. que para diante de mim, muito sério nos tênis brancos e meias pretas, e então sorri. num flash que me revela meu universo paralelo, toda uma vida de lembranças cabe nesse olhar. se eu sou essa criatura mítica dum espaço e tempo que talvez nunca existissem, é também porque esses olhos me enxergam. e se toda uma vida de lembranças cabe aqui, é porque guardo elas há todos os anos em que caberão o sempre. se me dói tanto quando estou sendo reconstruída, é porque vejo valor diante de mim. um valor que por mais que arregale os olhos, jamais vai caber na minha surpresa. como se na trama das roupas tivesse pó de ouro.

[ Penkala ] 03:18 ] 0 comentários

 
] quarta-feira, agosto 08, 2012
 
leio no twitter uma frase retuitada que diz assim: "Mulheres de verdade abrem sorrisos, não as pernas". se eu soubesse por onde começar a falar sobre isso, diria que fico realmente muito chocada com a) uso obtuso de frases feitas por meninas não feitas que se acham grandes conhecedoras da vida; b) a estranha forma que mulheres têm de se auto-degradar e às outras sem a mínima noção do que fazem; c) o fato de que eu sempre tive a nítida impressão de que abrir sorrisos e abrir pernas eram duas coisas diferentes e não excludentes; e d) essa coisa tão linda que é a hipocrisia alheia, de gente que sequer se deu conta do quanto é necessário e bom ora não abrir sorrisos, ora abrir as pernas.

[ Penkala ] 00:58 ] 0 comentários

 
] sexta-feira, agosto 03, 2012
 
será que algum dia essa tristeza vai passar? será que vou um dia simplesmente parar de sentir esse vazio, essa dor que nunca passa? será que sou fraca demais, que isso é normal, que isso tem fim? será que um dia vai se passar mais de uma semana sem que aconteça uma noite apenas? aquela noite em que ou não estou exausta o suficiente, ou que não estou sozinha, e que num momento de silêncio, entre meu cérebro pensando aos turbilhões e a calmaria que antecede o sono, eu começo a pensar. aquele momento em que o pensamento, que eu evitei o dia todo, que adiei, que enganei com mil coisas pra fazer ou com o cansaço, aproveita uma fraqueza, uma fresta, e me assalta.

e quando o pensamento me assalta, quando eu não consigo lutar contra como venho lutando sempre, eu tento evitar, mas eu choro. porque não tem jeito. e aí choro até dormir cansada. cansada de perguntar se um dia isso vai passar, se existe isso de um dia passar, se sou eu que sou fraca demais, se eu não deveria era estar rindo de tudo e não dando a mínima. eu estou realmente cansada disso. de em vez de estar triste, ser triste. de fechar os olhos e pensar que melhor seria subir, subir, subir até as pernas pedirem pra parar, e então tropeçar no céu como se fosse livre, mergulhar no ar como se fosse pássaro, e me acabar no chão como se fosse sólida. e não agonizar mais no passeio público, e atrapalhar o sábado de quem tem mais coragem de continuar que eu.

[ Penkala ] 19:22 ] 0 comentários

 
eu uso óculos




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